Uma terra fria em que o Sol nunca se põe. Não é difícil imaginar porque o Alasca ganhou fama de ser uma região inóspita e destinada apenas a aventureiros. O que pouca gente sabe é que o maior estado dos Estados Unidos tem também o maior parque nacional do país. E a região é tão vasta e diversificada que conta — acredite se quiser — com um deserto em meio ao gelo.
Além disso, o Alasca é rota de diversos cruzeiros que atravessam as famosas geleiras do Ártico, e conta com uma fauna e flora diversa e pouco conhecida. Se o problema for o frio, não se preocupe: no verão, durante a alta temporada, as temperaturas podem chegar a 25° C, com média diária de 15 °C.
Ao chegar no Alasca, não espere a agitação de uma cidade grande como Nova York ou Los Angeles. Apesar de ser o maior estado norte-americano (se fosse um país estaria entre os 20 maiores territórios do mundo), apenas 700 mil pessoas residem por lá. A cidade mais populosa é Anchorage, com 290 mil habitantes. A capital Juneau conta com uma população de apenas 30 mil pessoas, embora seja a segunda maior cidade em área dos EUA.
Isso ajuda a entender porque ainda há tanta diversidade no estado, já que a grande maioria de seu território é desabitado — e quase intocado. Para se ter uma ideia, 65% das terras do Alasca são de propriedade do governo federal (compreendendo parques nacionais e florestas), enquanto outros territórios são compartilhados entre o governo estadual e os povos nativos. Já as terras particulares são apenas 1% do total.
Os parques nacionais são, sem dúvidas, os grandes atrativos do Alasca. O principal deles é o Wrangell-St Elias National Park. Com uma área maior que da Suíça, o parque é o maior dos EUA e, até por isso, há muito o que se ver. A maior geleira do mundo está dentro de seus limites, assim como uma cadeia de montanhas que são consideradas as maiores da América do Norte.
O ponto mais alto dos EUA, porém, fica no Denali National Park. O cume do monte Denali fica a 6.190 metros de altitude e é bastante procurado por montanhistas profissionais. Mas se fazer escaladas não é sua praia, o parque ainda tem uma diversidade enorme de animais silvestres, como renas, ursos, carneiros selvagens e lobos. Também vale conhecer um pouco as tribos originárias do Alasca que ainda preservam sua cultura no local.
Porém, poucos parques têm contrastes tão extremos quanto o Kobuk Valley National Park. Localizado no extremo norte do globo, acima do Círculo Ártico, a região conta tanto com geleiras e tundras quanto com dunas de areia. As temperaturas também variam bastante, com mínimas de -45 °C no inverno e máximas de até 30 °C no verão. Não por acaso é o parque menos visitado dos EUA já que, além de inóspito, é de difícil acesso: não há estradas que levem a ele.
Apesar de tudo, desbravar o Alasca não é tão difícil quanto se imagina. O estado é servido de uma boa rede de trens que têm paradas nas principais cidades. Alguns parques nacionais ainda contam com ônibus que levam os visitantes aos pontos mais interessantes de cada lugar.
Outra opção para quem for conferir as belezas naturais do Alasca é fazer um passeio de helicóptero para conferir do alto suas geleiras gigantes, sobretudo no Glacier Bay National Park (um dos Patrimônios Mundiais da região).
Por fim, vale também conhecer o Alasca por meio dos vários cruzeiros que passam por ali. A vantagem dessa modalidade é o conforto e a comodidade de ver paisagens lindas e inesquecíveis sem precisar se preocupar com locomoção e hospedagem. A cada parada ainda é possível conhecer pequenas cidades que ainda mantém um estilo de vida pacato e quase isolado do mundo.
Outra opção para desbravar a região é pegando a Alaska Highway, também conhecida por ALCAN, que corta parte do oeste canadense e segue até a parte central do Alasca. São mais de 2 mil quilômetros de estrada, cuja construção data em 1942, em plena Segunda Guerra Mundial. Conta-se que até mesmo tanques tinham dificuldades para completar todo o percurso.
Porém, nos dias de hoje, a Alaska Highway está toda pavimentada e se tornou um destino turístico para quem quer desbravar o extremo norte do continente americano. A aventura começa em Dawson’s Creek, em Yukon (Canadá), e termina em Delta Junction, no Alasca. Assim, como na Rota 1, o grande atrativo não é exatamente o destino, mas a jornada.
Pelo caminho espere por paisagens de tirar o fôlego, com montanhas de neve, tundras, lagos e florestas. Se o tempo estiver bom, a pedida é acampar em diversos pontos ao longo da estrada. Com sorte — e se estiver na época do ano certa — é possível até avistar auroras boreais no céu.
Não há voos diretos do Brasil para o Alasca, porém é possível fazer escalas em cidades norte-americanas, como Los Angeles. Lembrando sempre que é obrigatório o visto para entrar nos Estados Unidos. Recomendamos dar entrada no pedido com antecedência para evitar contratempos na viagem.
Além disso, caso a viagem passe pelo Canadá, é preciso tirar também o visto canadense. A boa notícia é que quem possui o visto norte-americano pode retirar o documento de entrada eTA. Porém, ele é válido apenas para quem chega ao Canadá por avião.
Diferença entre os vistos eTA Canadá, eTA Australia e ESTA EUA
Já para quem quiser fazer o trajeto pela Alaska Highway, o recomendado é retirar a Permissão Internacional para Dirigir (PID). O documento ajuda a solucionar questões burocráticas e tem o tempo de validade da sua carteira de motorista normal.
Como funciona a habilitação para dirigir nos Estados Unidos?
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Fontes consultadas: Viagem e Turismo, Visite os USA, Qual Viagem?, UOL Viagem
Texto: Igor Nishikiori, com edição de Julio Simões
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