Mianmar: 3 atrações que valem a pena neste destino exótico

Apesar de não ser destaque nos roteiros internacionais, Mianmar tem atraído cada vez mais turistas por suas belas paisagens naturais e rica cultura local, formada por um povo de forte espiritualidade e tradições que se mantêm intocadas até hoje. Nem mesmo as notícias negativas, como a da perseguição do governo contra a etnia rohingya, têm diminuído o interesse pelo país do leste asiático, vizinho de China, Tailândia e Bangladesh.

Aliás, é importante destacar que Mianmar não é exatamente um destino turístico fácil. De 1962 a 2011, o país (então chamado Birmânia) foi governado por uma junta militar acusada de diversas violações aos Direitos Humanos, o que acabou isolando internacionalmente o país. Por isso, apesar de todos os esforços, Mianmar não possui a mesma infraestrutura dos vizinhos.

O primeiro caixa eletrônico, por exemplo, só foi instalado em 2012 e as hospedagens privadas são proibidas por lei até hoje. Além disso, o país ainda sofre com falta de saneamento básico, o que requer atenção redobrada dos turistas durante sua permanência no país.

Ainda assim, as belezas naturais e culturais de Mianmar valem a aventura. Sem contar que o país é considerado bastante barato ao turista brasileiro, especialmente para quem já estiver turistando por aquela região. A seguir, listamos e detalhamos mais alguns motivos turísticos que podem fazer deste país um destino surpreendentemente inesquecível. Confira:

Viagem espiritual

Como já citado, um dos pontos fortes do país é a forte espiritualidade de sua população, formada em grande parte por budistas (aproximadamente 90%). Por isso, seus principais monumentos também estão ligados à essa religião, como é o caso do pagode (sinônimo de templo) Shwedagon, um dos mais conhecidos, que fica na cidade de Yangon.

Construído há 2.600 anos, o templo possui uma arquitetura exuberante, é todo banhado a ouro e pode ser visto praticamente de qualquer lugar da cidade, basta olhar para o horizonte. Aliás, diz a lenda que lá estão guardadas as relíquias de quatro antigos Budas, incluindo os cabelos de Siddhartha Gautama. O ponto negativo é que, assim como em outros templos budistas, há restrição de acesso às mulheres em algumas áreas.

Já na cidade de Mandalay, há o igualmente imponente pagode Kuthodaw. O templo é conhecido por possuir o chamado “Maior Livro do Mundo”, já que reúne 729 santuários, cada um com uma inscrição. Juntos, eles narram os ensinamentos do budismo Teravada. No entanto, o imenso complexo do século 19 também guarda uma história triste: foi usado como base militar durante a ocupação britânica e teve muitos artefatos roubados, incluindo o ouro das inscrições, que acabaram substituídos por tinta preta pelos restauradores.

Linha de trem circular

Uma atração curiosa para quem estiver de passagem é o Yangon Circle Line. É uma das melhores e mais rápidas maneiras de conhecer a cidade de Yangon gastando apenas alguns centavos de dólar. Como o nome diz, trata-se de uma linha circular, com 39 estações ao longo de 46 km, sem parada final. O circuito é feito em aproximadamente três horas e a viagem não é das mais confortáveis.

Ainda assim, viajar neste trem é experimentar um pouco da vida real em Mianmar. A paisagem urbana vai dando lugar aos casebres de madeira e às construções mais rústicas, enquanto entram e saem passageiros de todos os tipos: trabalhadores, monges, vendedores e famílias, todos compartilhando o mesmo espaço. Ao final do passeio, você retorna ao ponto em que embarcou com uma nova perspectiva da cidade.

Belezas naturais

Por fim, Mianmar ainda guarda belas paisagens naturais. O lago Inle, por exemplo, tem jardins flutuantes e florestas quase intocadas. Em outubro, aliás, acontece por lá o festival Phaung Daw Oo, uma espécie de procissão feita de barco ao longo do lago que vale a visita.

A grande atração, porém, é voar de balão por Bagan e ver do alto as centenas de templos e pagodes da antiga capital de Mianmar. Com sorte, ainda é possível apreciar um belo pôr-do-sol para registrar pelas lentes da câmera.

6 dicas práticas para quem pretende viajar a Mianmar

Por ser um país de costumes e tradições muito diferentes das brasileiras, listamos algumas dicas rápidas que valem a pena conhecer antes de embarcar. Confira:

  1. Mianmar faz muito calor, sobretudo entre março e maio. Se for viajar nessa época, hidrate-se bem;

  2. Não se assuste ao ver uma gosma vermelha no chão. É um costume local mascar noz de areca com folhas de betel (um tipo de estimulante semelhante à cafeína) e depois cuspi-las no chão;

  3. Outro costume local é passar uma pasta branca no rosto, a chamada thanaka. Esse cosmético feito à base de casca moída serve para proteger do sol e ainda pode deixar a pele mais macia, segundo a tradição local;

  4. Por ser um país bastante pobre (148º no último ranking de IDH), o saneamento básico em Mianmar é precário. Por isso, preste atenção quanto à higiene de um local antes de comer e tome sempre água engarrafada;

  5. Ao visitar um templo, use roupas que cubram os ombros e o joelho e use um calçado fácil de tirar, já que é obrigatório entrar descalço nesses locais.

  6. É obrigatório o visto de entrada para brasileiros. Para saber quais os documentos necessários, consulte nossa página sobre Mianmar aqui no site. Se precisar, nossa equipe especializada pode te ajudar com todo o trâmite consular – entre em contato.

Texto: Igor Nishikiori, com edição de Julio Simões

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