Gostosuras ou travessuras? Essa frase icônica de Dia das Bruxas ficou famosa pelo mundo graças à tradição do Halloween nos Estados Unidos. Não há quem não conheça o costume de distribuir doces para crianças fantasiadas de monstros, imagem que ficou popular em filmes, séries e desenhos animados.
Porém, essa não é única maneira de celebrar o Halloween. A ideia de cultuar a memória dos mortos faz de parte de todas as tradições e cada uma tem suas particularidades. Conheça algumas delas:
A tradição do Halloween como conhecemos hoje nasceu na ilha da Irlanda. Sempre entre os dias 31 de outubro e 1º de novembro os celtas realizavam uma festa pagã chamada Samhain, que celebrava a colheita e anunciava a chegada do inverno. Acreditava-se que, durante os festejos, o mundo físico e espiritual se unia, permitindo aos mortos visitarem seus familiares.
Muitas das tradições típicas do Halloween começaram ali. A ideia de usar fantasias e bater nas portas das casas em troca de doces vêm do Samhain, assim como de pregar peças inocentes nos outros. As esculturas com abóbora, chamadas de Jack o’Lantern, também remetem à essa época.
Com o tempo, a tradição foi ganhando influência católica e passou a se chamar All Hallows Eve (véspera de Dia de Todos os Santos); ou, para abreviar, Halloween. Depois, ela chegou aos EUA por meio dos imigrantes irlandeses e virou fenômeno mundial.
Até hoje, uma das maiores festas de Halloween do mundo ainda acontece na ilha — mais precisamente em Derry, na Irlanda do Norte. Com shows de música, desfiles, fogos de artifícios e, claro, fantasias para lá de diferentes, a cidade chegou a receber a visita de 120 mil pessoas nessa época em 2018.
Aliás, a tradição na cidade de festejar o Dia das Bruxas começou de maneira despretensiosa nos anos 80 e foi crescendo a cada ano. Hoje, é uma das festas mais aguardadas na Europa.
Se os Estados Unidos e outros países de língua inglesa têm seu Halloween, o México tem o icônico Día de Los Muertos. A celebração, que tem um quê de Carnaval, remete às tradições dos nativos da América pré-hispânica de conservar o crânio dos mortos como troféus.
Segundo a lenda, entre os dias 1 e 2 de novembro, a alma das crianças e dos adultos falecidos retornam do além para visitar seus familiares.
Por conta disso, a tristeza é substituída pela alegria: os túmulos são enfeitados com rosas, girassóis e margaridas, e diversas oferendas são deixadas a eles. Além disso, as famílias se reúnem para comer e beber, e as crianças podem se deliciar com as caveiras de açúcar.
Pelas ruas acontecem desfiles com pessoas maquiadas de caveiras e, em alguns locais, há festas com músicas e comidas típicas, além de grandiosos desfiles. Apesar do Día de Los Muertos se estender por todo o México, as cidades com as festas mais famosas são Aguas Calientes, Cidade do México, Morelos, Oaxaca e Quintana Roo.
A tradição de reverenciar seus antepassados acontece entre agosto e setembro no Japão (o dia varia por conta do calendário lunar). Conhecido como Obon, a celebração dura três dias e há uma série de rituais, como a limpeza dos túmulos, e os tradicionais festivais, com destaque para a apresentação da dança folclórica Bon Odori.
Para fechar o Obon é realizado o Tooro Nagashi, na qual pequenos barquinhos de madeira carregando velas acesas são colocadas em um rio. Segundo a lenda, essa é uma maneira de iluminar o caminho dos mortos em seu retorno ao outro mundo.
Quem procura algo menos tradicional, uma opção bem animada é a parada de Halloween de Kawasaki, em Tóquio. Acontecendo sempre no final de outubro, milhares de pessoas desfilam pelas ruas do bairro trajando fantasias elaboradas (uma especialidade nipônica) em uma festa com muita música e animação.
Para participar é preciso fazer uma inscrição pagando uma taxa. Para assistir, é gratuito.
Na mesma época do Obon, a China e outros países asiáticos de maioria budista celebram o Yulan, também chamado de Festival dos Fantasmas Famintos.
Pela tradição, é nessa época em que espíritos deixam o além para vagar pelo nosso mundo; e para suprir suas necessidades são oferecidos alimentos (normalmente vegetarianos) e também costuma-se queimar papéis que simulam dinheiro ou representam bens materiais que eles poderão usar no outro mundo.
Em alguns locais também acontecem eventos, como apresentações de teatro, ópera e concertos. Um detalhe curioso é que a primeira fileira desses shows são respeitosamente destinados aos mortos — ou seja, ficam vazios.
Após 14 dias, o festival é finalizado com o ritual de acender velas em barquinhos de madeira nos rios, iluminando o caminhos dos mortos até o outro mundo. Acredita-se que todo esse esforço evita que os espíritos continuem por aqui e tragam má sorte.
Para quem se animou e pretende ver de perto estas festas tão particulares, a dica é começar a cuidar da documentação de viagem desde já. A maioria dos países citados acima exigem visto de entrada para turista, além de passaporte com validade mínima de seis meses. Para saber a exigência de cada um, acesse nossa busca de destinos. A CELESTINO está à disposição para tirar dúvidas e te ajudar em todo o processo burocrático – entre em contato. Boa viagem!
Fontes consultadas: Segue Viagem, The Independent, Mental Floss
Texto: Igor Nishikiori, com edição de Julio Simões
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