Quando ouve falar em “Rota da Seda”, você provavelmente pensa em algo muito antigo… mas sabia que pode visitá-la? A China e alguns países vizinhos até hoje conservam a memória desse evento histórico que influencia (em muito) o nosso dia a dia.
Inclusive, as atrações turísticas da Rota da Seda são consideradas Patrimônio Cultural da Humanidade!
Entenda, neste post, um pouco mais dessa história e saiba o que é necessário para conhecer pessoalmente a região.
Hoje comprar qualquer produto em qualquer parte do mundo está a um clique de distância, mas antigamente as coisas eram muito mais complicadas. No passado, fazer comércio com outros territórios era um transtorno não apenas pelas distâncias homéricas como também pelos perigos e dificuldades durante o trajeto.
Só que, por volta de 130 a.C., isso começou a mudar com a Rota da Seda — rede de trajetos por terra e mar ligando o Império Chinês com o Império Romano, que cobria três continentes.
Essa rota comercial não foi a primeira que existiu entre continentes, mas certamente foi uma das maiores de sua época.
A Rota da Seda englobava três grandes impérios:
Com isso, Ásia, Europa e África mediterrânea passaram a trocar diversos produtos entre si. Isso causou um grande aumento no intercâmbio comercial e cultural, já que chineses passaram a ter acesso ao azeite e vinhos da Europa, além de cavalos do Oriente Médio, enquanto os europeus poderiam contar com a seda da China, o algodão indiano e as especiarias dos árabes.
Por conta disso, o que se viu foi uma época de prosperidade pelo mundo.
Regiões que não contavam com um solo fértil para agricultura, pesca ou minério passaram a virar postos de paradas de comerciantes. Pequenos vilarejos no meio do deserto, como é o caso de Palmira (hoje na Síria), viraram grandes cidades, repletas de serviços para atender os viajantes.
Da mesma forma, os próprios comerciantes deixaram de ser povos nômades, que tinham apenas interesse em sobreviver, para se tornarem pessoas com dinheiro e influência.
Muito além de trocas comerciais, a Rota da Seda também trouxe intercâmbio cultural entre as regiões. Com as viagens, os comerciantes conheciam diferentes partes do mundo e voltavam para casa com ideias novas.
Foi graças à Rota da Seda que o Budismo se espalhou da Índia para o leste da Ásia, dominando a região, e por conta desse movimento que a arte também passou a ser compartilhada entre os povos, com a estética da Grécia antiga influenciando outras culturas, por exemplo.
Por outro lado, a Rota da Seda também ajudou a espalhar doenças, como sarampo e varíola. Já se sabe que a peste bubônica teve origem na Ásia e se espalhou para a Europa em diferentes momentos muito por conta deste intercâmbio comercial.
A Peste Negra, por exemplo, chegou a matar mais da metade da população europeia entre 1346 e 1353, tornando-se uma das mais devastadoras epidemias mundiais de todos os tempos.
Durante muito tempo, a China detinha o monopólio da produção da seda. Eles foram os primeiros a domesticar o bicho da seda, cujo casulo é usado como matéria-prima.
Na China, a seda era usada em diversos produtos do dia a dia, mas, em outros países, as roupas de seda eram sinal de luxo e nobreza.
Por isso, a seda logo se tornou o principal produto de exportação chinês, sendo até mais lucrativo do que outros produtos comercializados, como pedras preciosas. Graças à Rota da Seda, a economia chinesa prosperou e viveu um longo período de estabilidade.
No entanto, o termo “Rota da Seda” é consideravelmente recente: foi cunhado pelo explorador e cientista alemão Ferdinand von Richthofen, que viajou à China em sete ocasiões no século 19.
Desde 2014, a Rota da Seda é considerada pela Unesco como Patrimônio Cultural da Humanidade. Por enquanto, a instituição concedeu a honraria apenas a uma parte da rota, chamada de Corredor Chang’an-Tianshan. Esse trajeto compreende 33 pontos históricos entre China, Cazaquistão e Quirguistão e possui 5 mil km de extensão.
Essa rota começa pela cidade chinesa de Luoyang, berço das dinastias Han e Tang, e segue até a região cazaque de Zhetysu, passando por trechos da Grande Muralha da China, por palácios, pagodes, monumentos e ruínas antigas.
Gostou? Se quiser conhecer de perto a Rota da Seda, planeje sua viagem com antecedência, mas não esqueça que você precisará de um visto para entrar na China e no Quirguistão – o Cazaquistão não requer visto para viagens de até 30 dias. Para saber mais, acesse nossa busca de destinos e entre em contato.
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Texto: Igor Nishikiori, com edição de Julio Simões
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