Aquela ideia da Rússia como um país frio com pessoas antipáticas e de costumes bizarros pode estar com os dias contados. O gigante europeu vem se esforçando para se tornar um destino turístico atraente — a começar pela capital Moscou, que vem se modernizando a cada ano para mostrar que é uma cidade com muita história para contar.
Confira a seguir sete locais imperdíveis para visitar em Moscou:
Não tem como não ir a Moscou e não passar pela Praça Vermelha. O maior cartão-postal da Rússia fica justamente no coração da capital, onde se juntam outros monumentos famosos como o Kremlin, a Catedral de São Basílio, o Museu Histórico do Estado e o GUM, a antiga loja de departamentos controlada pelo estado e que hoje é um shopping de luxo.
Para uma experiência mais insólita, tem ainda a visita ao mausoléu de Lênin, onde está conservado o corpo do antigo líder soviético. Uma curiosidade: o nome Praça Vermelha não surgiu por conta dos muros vermelhos do Kremlin ou por causa do comunismo, mas porque Krasnaya (“vermelho” em russo) também tem o sentido de “belo” no idioma arcaico.
Colada à praça estão os muros do Kremlin, uma antiga fortaleza que guarda cinco palácios, quatro catedrais e dezenas de torres. Atualmente, ele é, além de sede administrativa do governo russo, um complexo de museus. Para visitar, é preciso adquirir o ingresso na bilheteria ou no site.
Dentre as atrações estão a Catedral da Anunciação, a Catedral do Arcanjo e o Campanário de Ivã III. Os preços variam de acordo com os locais que serão visitados visita, mas o ingresso mais barato sai por 350 rublos (R$ 23).
A companhia de balé Bolshoi é um dos grandes orgulhos da cultura russa e só por isso já valeria a visita ao teatro.
Porém, a bela arquitetura da construção (que inclusive consta nas notas de 100 rublos) e a imponência de seu interior já valem a visita. O auditório conta com seis andares e muito luxo. Inaugurado em 1825, o teatro era um ponto de encontro dos nobres e familiares do czar antes da revolução.
Se quiser assistir a uma peça, é bom já ir se programando, porque os ingressos se esgotam com meses de antecedência — principalmente os assentos com preços mais em conta. Porém, há também um tour de terça a sexta nas dependências do prédio, onde é possível conhecer a história da companhia de balé e visitar todos os aposentos do prédio.
A boa notícia é que há visitas monitoradas em inglês. Preço: 2 mil rublos (cerca de R$ 135).
Um meio de transporte é atração turística? No caso do metrô de Moscou, sim. Com 228 estações distribuídas por 15 linhas, o metrô da capital faz jus ao apelido de Palácio Subterrâneo.
Obras de arte, paredes de mármore, lustres luxuosos e esculturas de bronze fazem das estações moscovitas as mais belas do mundo. O destaque fica por conta do metrô Mayakovskaya, inaugurado em 1938 e que é reconhecido como um patrimônio histórico e cultural da Rússia.
O motivo de tanto glamour em uma estação de trem remonta à época da União Soviética. Durante o governo de Stalin, os metrôs serviram como peça de propaganda do regime, mostrando que o luxo podia ser acessível a todos.
Apesar de grandes e espaçosos (ou por causa disso), o metrô moscovita é um dos mais movimentados do mundo, com cerca de 2,4 bilhões de passageiros por ano. Por isso, evite a hora do rush (entre às 10h e às 18h). Preço: 55 rublos (R$ 3,70).
Aliás, há pouca informações sobre o assunto em inglês, por isso é altamente recomendado baixar um aplicativo ou pegar um mapa bilíngue para não se perder. Para ter acesso à internet em sua viagem à Rússia, indicamos o MysimTravel, chip internacional que funciona em dezenas de países ao redor do mundo.
Uma das atrações mais recentes de Moscou é o Parque Zaryadye, ao lado da Praça Vermelha. Inaugurado em 2017, o parque é um amplo espaço de cultura e lazer, com espaços para shows e apresentações diversas, museus e espaços de convivência.
Uma sacada interessante dos arquitetos Diller Scofidio + Renfro (os mesmos responsáveis pelo High Line de Nova York) foi unir os diversos ecossistemas da Rússia em um único espaço: as estepes, as florestas, os pântanos e a tundra estão todas artificialmente representadas no Zaryadye.
A visita também vale pela vista maravilhosa que sem tem da cidade. A ponte em forma de letra V sobre o rio Moscou permite fotos incríveis do Kremlin e das construções da Praça Vermelha.
Se a ideia é ver Moscou do alto, a recomendação é visitar o Panorama 360. Localizado no 89º andar do Federation Tower e é reconhecido como o maior observatório da Europa.
De lá é possível ter uma visão privilegiada em 360°, além de conhecer um pouco da história da cidade na exposição virtual permanente do salão. Os visitantes ainda podem experimentar de graça o sorvete produzido no local e comprar souvenirs exclusivos.
O preço varia conforme o horário. Das 10h às 13h, o ingresso custa 900 rublos para adultos (R$ 61) e 700 rublos para menores de 14 anos (R$ 47). Depois disso, o valor aumenta para 1400 rublos (R$ 95) para adultos e 1000 (R$ 68) para menores de 14 anos.
Pouca gente sabe, mas Moscou tem uma das maiores coleções de obras clássicas na Europa. O Museu Estatal de Pushkin conta com um acervo de mais de 700 mil peças que vão desde a antiguidade até os tempos atuais. Entre os artistas em exposição estão Botticelli, Rembrandt, Monet, Renoir, Picasso, Van Gogh e Matisse.
Além do prédio principal, o museu também conta galerias adjacentes, como a dedicada aos mestres do impressionismo francês e do pós-impressionismo, e o Museion, espaço educativo dedicado às crianças.
E todo final de ano, o museu recebe o December Nights, um festival de música clássica e apresentações cênicas. Preço: 400 rublos (R$ 27). Menores de 18 anos têm entrada gratuita.
Não tem como ir à Rússia e não conhecer de perto a história da aviação espacial. O Museu da Cosmonáutica, construído embaixo do imponente Monumento aos Conquistadores do Espaço é uma celebração aos avanços da ciência e da conquista espacial pelos russos.
É possível de ver de perto uma réplica do Sputnik (o primeiro satélite artificial do mundo) e a da cápsula Vostok que levou Yuri Gagarin até a órbita terrestre. Também é possível ter uma ideia de como era a vida dentro da estação espacial MIR, que foi desativada em 2001.
A parte ruim do Museu da Cosmonáutica é que não há informações em outros idiomas que não o russo. Por isso, a dica é ir com um app para smartphone que faça tradução automática das placas. Preço: 300 rublos (R$ 20).
Para entrar na Rússia, o brasileiro não precisa emitir o visto de turismo desde que vá ficar até 90 dias no país. No entanto, é muito importante verificar a validade de seu passaporte, já que o documento precisa ter data de expiração superior a seis meses para estar válido. Além disso, a Rússia também exige a apresentação de seguro viagem internacional.
Para solicitar estes documentos (inclusive o seguro-viagem) ou tirar dúvidas sobre a documentação de viagem para este país, entre em contato com nossa equipe especializada ou acesse a página especial da Rússia aqui no site.
Texto: Igor Nishikiori, com edição de Julio Simões
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