Com o dólar cada vez mais caro, muita gente tem repensado os planos de viajar para os Estados Unidos. Em contrapartida, o Canadá tem se tornado uma opção interessante por conta da distância e da moeda bem mais barata do que o Euro e a Libra, por exemplo. Mas será que a cotação mais baixa, por si só, é um bom motivo para viajar e fazer compras no Canadá? Fizemos as contas e mostramos o resultado a seguir:
Ao viajar, é preciso levar em conta uma série de custos. O mais relevante é o preço das passagens aéreas e, nesse quesito, o Canadá fica um pouco atrás dos Estados Unidos. Voos do Brasil para o território americano costumam ser bem mais baratos do que para o canadense. Segundo o site Google Flights, consultado em novembro de 2019, uma passagem para Miami custa a partir de R$ 2.100, enquanto o bilhete mais barato para Toronto sai por R$ 2.800.
Também é preciso calcular os custos com alimentação e transporte. Em ambos os casos, o valor mais baixo nos Estados Unidos acaba compensando o câmbio mais alto, empatando a disputa no geral. Um combo do McDonald’s, por exemplo, sai por cerca de R$ 28 nos EUA, enquanto no Canadá o mesmo custa R$ 30, de acordo com o site Numbeo.
Já se você for alugar um carro, os Estados Unidos tem melhor custo-benefício. Isso porque o valor médio da gasolina nos postos americanos é muito menor do que nos canadenses. Fazendo a conversão, o litro do combustível nos EUA custa R$ 2,92 contra R$ 3,81 no Canadá.
Tanto os EUA quanto o Canadá contam com impostos sobre produtos. No caso dos EUA, o chamado Sales Tax é definido pelo governo estadual e variam conforme a cidade. Em Nova York, o imposto é de 8,87%, enquanto em Miami é de 7%. Alguns estados, como Delaware e Oregon, não cobram o tributo.
No caso canadense, há dois impostos sobre produtos: o GST (Goods and Services Tax) e o PST (Provincial Sales Tax). O primeiro é cobrado pelo governo federal e corresponde a 5% do preço do produto. Alguns itens básicos, como remédios e alimentos, são isentos da taxa. Já o segundo é aplicado pelas províncias. No caso de Ontario, onde fica Toronto, o valor é de 8%. Portanto, o valor total das compras feitas na cidade costuma ser 13% mais caro.
Lembrando que no Canadá também não há o programa de Tax Refund, que reembolsa parte do valor da taxa cobrada pelo turista. Esse tipo de serviço está disponível em alguns estados dos EUA (como Texas) e em alguns países da Europa.
Assim como nos EUA, o Canadá também conta com diversos outlets para quem procura preços mais em conta. A famosa rede norte-americana Premium Outlets tem lojas em Toronto e Montreal. Há também alguns shoppings, como o Outlet Vaughan Mills de Toronto e o Queensborough Landing de Vancouver.
Também vale aproveitar algumas datas especiais que contam com grandes promoções no comércio, como a Black Friday e o Boxing Day, além do período de troca de estações. Em algumas ocasiões, é possível encontrar descontos de 50% em roupas, acessórios e eletrônicos.
A dica para aproveitar a cotação mais baixa do dólar canadense é comprar a moeda em espécie no Brasil antes de ir viajar. Isso evita ter que pagar um IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) mais alto. Compras internacionais geram um acréscimo de 6,38% tanto no cartão de crédito quanto no cartão pré-pago. Já na compra de moedas em espécie, o IOF é de apenas 1,1%.
Também não é aconselhável levar dólares norte-americano para serem convertidos em terras canadenses. Além do inconveniente de ter que interromper a viagem para ir atrás de uma casa de câmbio, a dupla conversão raramente é vantajosa.
Uma opção que muitos turistas consideram para fazer compras é atravessar a fronteira de carro até os EUA. É uma opção válida, considerando que as principais cidades canadenses ficam ao sul, mas é preciso considerar alguns fatores. Primeiro, não custa lembrar, é preciso ter em posse o passaporte com visto norte-americano para entrar nos EUA.
Caso você não possua, não deixe para tirar em cima da hora. Entre em contato com a CELESTINO, temos uma equipe especializada disposta a te ajudar em todas as fases do processo.
Saiba como aumentar as chances de conseguir o visto americano
Também vale relembrar que a Autorização Eletrônica de Viagem (eTA) é válida apenas para embarques e desembarques de avião ao Canadá. Ou seja, impossível atravessar a fronteira com os EUA desde que seja comprovado o retorno.
Se o plano for esse, recomendamos adquirir o chip internacional MysimTravel. Com ele é possível ter internet no smartphone com sinal tanto no Canadá quanto nos EUA sem precisar trocar de chip.
Apesar de o dólar no país vizinho aos EUA estar bem mais barato, isso por si só não garante preços melhores para nós, brasileiros. Levando em conta os impostos, os custos da viagem e a diferença no valor dos produtos, a tendência é que Miami ou Nova York ainda sejam mais atrativos para quem quer fazer compras.
Porém, se a ideia é conhecer as belezas naturais e o estilo de vida canadense, ou quem sabe ficar um tempo para estudar inglês e francês, vale aproveitar a viagem para fazer umas comprinhas por lá. Mesmo com todos esses fatores, a esmagadora maioria dos produtos ainda é mais barata se adquirida no Canadá do que no Brasil. Por exemplo, um iPhone 11 Pro sai por R$ 7 mil em terras brasileiras, enquanto no Canadá o mesmo modelo custa por volta de R$ 4,2 mil.
Texto: Igor Nishikiori, com edição de Julio Simões
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